O MEI é a porta de entrada para muitos empreendedores darem os primeiros passos nos negócios. No entanto, apesar de ser o primeiro nível de CNPJ, ele possui suas obrigações, como é o caso do informe de rendimentos do microempreendedor individual. Não sabe do que se trata? Leia o artigo até o final e descubra.
Informe de rendimentos do microempreendedor individual: como funciona na prática?
Na prática, todo MEI exerce dois papéis: o de pessoa física através do seu registro do CPF e o de pessoa jurídica registrado pelo CNPJ.
Por conta disso, existem algumas obrigações em ambos os lados e isso interfere no informe de rendimento do microempreendedor individual.
Enquanto pessoa jurídica (MEI), o empreendedor precisa fazer o pagamento mensal da DAS (Documento de Arrecadação Simplificada), que é o imposto cobrado para esta categoria de CNPJ. Além disso, uma vez por ano também será necessário entregar DASN-SIMEI (Declaração Anual Simplificado do MEI).
Não há qualquer incidência de custo ou taxa sobre a declaração anual do MEI.
Já no papel de pessoa física, você pode apresentar a sua declaração de imposto de renda e poderá ser tributado caso seu lucro recebido seja superior ao limite não tributável.
O faturamento enquanto MEI também tem percentuais diferentes como veremos no próximo tópico.
Como fazer o cálculo do imposto de renda sendo MEI?
Para fazer o informe de rendimentos do microempreendedor individual em seu imposto de renda como pessoa física, primeiro você precisa saber qual a receita bruta que entrou na sua empresa no último ano e subtrair das despesas do negócio.
Além disso, você também tem um percentual em cima do valor bruto que é isento de tributos.
Nesses casos, você só precisará fazer a declaração de pessoa física se mesmo descontados esse percentual isento, seu faturamento ultrapassar R$28.559,70.
O percentual da isenção depende da atividade comercial que sua empresa exerce:
- 32% para setor de prestadores de serviço;
- 16% para empresas de transporte de passageiros;
- 8% para comércio, indústria e transporte de carga.
Veja este exemplo: considere que sua empresa faturou de renda bruta o valor de R$60 mil e você está no setor de comércio, neste caso o valor isento é de R$4.800 (8% do valor total bruto).
Além do valor isento também é preciso subtrair as despesas que a empresa teve ao longo do ano, vamos supor que foram de R$20 mil, desta forma o cálculo será:
60.000 (valor de receita bruta) – 4.800 (valor da parcela isenta) – 20.000 (valor das despesas) = R$35.200.
Neste exemplo, como o valor está acima do teto de R$28.559,70 é necessário declarar o imposto de renda.
Controle melhor seus rendimentos fazendo fluxo de caixa
Além das dúvidas sobre o informe de rendimentos do microempreendedor individual, outra característica comum de quem é MEI é a falta de experiência na parte burocrática de controle financeiro e gestão de planilhas de finanças.
Ao contrário do que possa parecer, não basta apenas uma boa ideia, iniciativa e um capital para que um negócio tenha sucesso.
É possível colocá-lo de pé com isso, mas fazer com que prospere envolve outros fatores e a gestão financeira é um deles.
O fluxo de caixa, por exemplo, é o levantamento detalhado de questões financeiras vitais para empresa como:
- despesas;
- custos fixos;
- custos variáveis;
- percentual de lucro;
- entradas e saídas do caixa.
Controlar esses pontos deve ser uma atividade de rotina de qualquer MEI. Por meio dessa prática será possível ter uma maior clareza sobre a situação financeira da empresa, evitar que apareçam dívidas e mostrar quando é viável fazer um investimento.
À medida que você acompanha o fluxo de caixa, e outras atividades rotineiras de gestão de finanças, além de facilitar no informe de rendimentos do microempreendedor individual, você também colherá outros frutos como:
- maior controle sobre as atividades financeiras da empresa;
- fazer previsões sobre despesas futuras em períodos de queda de vendas;
- ter informações mais precisas para precificar melhor os produtos ou serviços;
- entender qual o cenário financeiro geral da empresa, se está com lucro, apenas pagando suas despesas ou se está gerando lucro de fato.
Como fazer fluxo de caixa? Pontos mais importantes
O primeiro ponto para aprimorar o fluxo de caixa é entender os três termos básicos e fundamentais na gestão financeira: custos, receitas e despesas.
- Custos: são referentes às saídas no fluxo de caixa que estão relacionadas diretamente ao produto como matéria-prima e insumos para a produção, por exemplo;
- Despesas: os gastos tidos como despesas são aqueles que não tem relação com o produto final, mas que são gastos que se referem a manutenção da empresa como impostos, conta de luz, aluguel e etc;
- Receitas: toda renda gerada para o seu negócio é considerada receita, normalmente tem a ver com lucro obtido, mas também pode vir da venda de um maquinário que esteja parado.
Depois que você tem essa noção básica, vale a pena manter algumas posturas e ter alguns cuidados importantes como separar suas contas pessoais das contas da empresa e sempre acompanhar qual o saldo inicial, quais as entradas e saídas do dia.
O controle só está funcionando quando seu caixa fechar zerado, ou seja, se o saldo inicial era de R$10 mil, houveram saídas no valor de R$1.500 e entradas no valor de R$3.500, o saldo tem que fechar em R$12 mil.
Por fim, para manter um bom fluxo de caixa vale a pena também:
- manter a disciplina nos negócios;
- monitorar sempre as movimentações da sua conta bancária;
- manter as contas pagas em dia;
- planejar o próximo passo
Entendeu como funciona o informe de rendimentos do microempreendedor individual? Ficou alguma dúvida? Gostaria de mais conteúdos com dicas e novidades do mundo do empreendedorismo? Deixe aqui seu comentário que teremos o maior prazer em te ajudar!
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