Para embarcarmos no mundo do empreendedorismo feminino, precisamos entender qual o conceito de empreendedorismo.
O Sebrae define empreendedorismo como “a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade.”
O ato de empreender está muito atrelado a capacidade de começar algo novo, enxergar oportunidades antes não vistas, sair da zona de conforto.
A criatividade é o ponto chave para o empreendedor ou a empreendedora, colocar em prática as suas ideias.
Qual o mercado do empreendedorismo feminino no Brasil?
O empreendedorismo feminino no Brasil, apesar de estar em crescimento, é um desafio enorme para as mulheres.
Segundo pesquisas, cerca de 25 milhões de mulheres realizam atividades empreendedoras no Brasil. Um crescimento superior a 200% se levarmos em consideração que em 2014 este número era de apenas 8 milhões.
Em um setor que historicamente foi dominado por homens, os dados acima exemplificam o aumento da participação das mulheres no empreendedorismo.
O Brasil é o 7° lugar no ranking dos países com mais mulheres entre os empreendedores. O empreendedorismo feminino no Brasil domina diversas áreas, como por exemplo, os setores de:
- salões de beleza,
- cosméticos,
- alimentação,
- comércio de roupas.
Por mais que em alguns casos ainda podemos ver as mulheres se destacando nas áreas de engenharia e tecnologia, o setor ainda segue dominado pelas iniciativas masculinas.
Desafios do empreendedorismo feminino no Brasil
Da mesma forma que as estatísticas que demonstram as áreas de maior participação das mulheres no empreendedorismo se destacam pelo crescimento, também escancaram problemas que as mulheres enfrentam desde sempre no mercado profissional, como o preconceito de gênero.
Este preconceito acaba restringindo a área de atuação das mulheres em diversos segmentos.
Recentemente o IBGE apresentou uma pesquisa que mostra o empreendedorismo feminino no Brasil, dominado por mulheres mais jovens e com nível de escolaridade superior a 15% em relação aos homens. Ainda sim a sua remuneração é 22% inferior à dos homens.
Ainda na contramão da igualdade de gênero, segundo uma pesquisa apresentada pela empresa internacional Deloitte, o Brasil é o 38° no ranking de lideranças femininas, com apenas 8,6% das mulheres exercendo cargos de liderança nas grandes empresas do país.
Conforme pudemos observar, a desigualdade de gênero ainda é um problema em evidência, e precisa ser combatido.
Alguns fatos sobre o empreendedorismo feminino no Brasil
Em um estudo recente feito pelo Sebrae, foi constatado um aumento do empreendedorismo feminino no Brasil ao final do ano passado, após uma queda durante os primeiros meses da pandemia do novo coronavírus.
Apesar dessa evolução, a participação das mulheres como donas de negócios no Brasil ainda está abaixo da sua melhor marca (atualmente 34%, melhor marca 34,8% em 2019).
Outra baixa a se preocupar referente ao empreendedorismo feminino no Brasil, é a participação de mulheres negras à frente dos negócios.
Durante o último trimestre de 2019, período pré-pandemia, elas eram 50,3% das donas de negócios. Já no mesmo período do ano passado, elas passaram a responder por 48,5%.
Exemplos de empreendedorismo feminino no brasil para se inspirar
Cleusa Maria (Sodiê)
Natural do Paraná, Cleusa Maria da Silva começou a trabalhar ainda na infância como boia-fria, com origem em família humilde, após alguns anos ela se mudou para São Paulo e trabalhou como empregada doméstica.
Com uma de suas empregadoras, Cleusa aprendeu alguns truques de confeitaria, até se dedicar integralmente ao ofício e abrir sua própria loja no bairro onde morava.
Rapidamente a sua loja, que no começo se chamava Sensação Doces, foi crescendo, em pouco tempo passou a se chamar Sodiê Doces em homenagem ao nome dos filhos, Sofia e Diego.
Hoje à frente de mais de 265 lojas divididas em 13 estados brasileiros, Cleusa tem sua empresa conhecida em todo o país.
Zica Assis (Beleza Natural)
Nascida em comunidade, no subúrbio do Rio de Janeiro, Zica começou a trabalhar como babá aos 9 anos de idade. Assim como diversas pessoas negras, Zica precisou encontrar maneiras de alisar o seu cabelo para sem encaixar nos padrões impostos pelos seus patrões.
Para entender melhor sobre o seu cabelo, e como cuidar melhor deles da melhor forma, Zica começou a investir em cursos de cabeleireiro.
Ela logo percebeu que não era a única a buscar maneiras de cuidar melhor de cabelos cacheados e crespos, e praticamente não existiam produtos específicos para eles.
Foi então que Zica começou a produzir os seus próprios produtos capilares e assim nasceu a Beleza Natural.
Seu empreendimento cresceu e Zica se tornou exemplo de empreendedorismo feminino no brasil, sendo considerada pela revista Forbes, uma das mulheres mais poderosas do país, com lojas no Brasil e Estados Unidos.
Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza)
Trazendo na veia o empreendedorismo da família, Luiza, nascida na cidade de Franca/SP, transformou a loja da família em uma das maiores varejistas do país.
Luiza traz como principais valores da sua empresa a honestidade, o aprendizado constante e a generosidade.
Com orgulho de dizer que é uma vendedora, Luiza começou a trabalhar no varejo aos 12 anos.
Atualmente, é uma das poucas CEOs mulheres da América Latina, é também uma grande defensora do empoderamento feminino e da maior participação das mulheres em cargos de lideranças nas empresas.
Existem diversos desafios para o empreendedorismo feminino no Brasil, mas com algumas dessas histórias inspiradoras você já se sente confortável para empreender?
Caso tenha alguma dúvida sobre como começar, estratégias, métodos de empreender melhor, pode contar com a gente!
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